sábado, 1 de dezembro de 2007

ENTREVISTA
PARAÍBA DA VIOLA – REPENTISTA E VENDEDOR DE LIVRETOS

Foto Dayanne Pereira


O Senhor Antonio Tenório Cassiano mais conhecido como Paraíba da Viola, repentista respeitado em Salvador e já gravou dois CD’s de cantoria. Nessa entrevista ele fala sobre a sua relação com o cordel e o repente, como acontece a propagação desse tipo de cultura popular na sociedade.

Como o Senhor analisa a relação do cordel e do repente com as outras manifestações artísticas?

PARAÍBA DA VIOLA – O cordel e o repente hoje têm sido valorizados, antigamente eram considerados coisa de retirante.

O que o Senhor acha desse intercâmbio cultural entre o cordel e o repente?

PARAÍBA DA VIOLA – Importante porque sou convidado para muitos municípios, eventos, faculdades, duelos, festivais, colégios, empresas e bancos, todos admiram o trabalho.

Como o Senhor reage às novas tecnologias?

PARAÍBA DA VIOLA - Abraço-as porque me levou para a internet, para o palco, abrindo espaço na mídia. Tenho interesse por que o desenvolvimento traz a tecnologia, por exemplo, para mim que tenho parentes no interior faço um depósito bancário e na mesma hora está na conta. Ligo também para o exterior e isso é um avanço.

Poderia fazer um paralelo do passado com os dias atuais onde o seu trabalho esta sendo reconhecido?


PARAÍBA DA VIOLA – Quando comecei minha vida de cordelista era pela bebedeira, não valorizava como arte, hoje saí do álcool e tenho outro valor, tenho um nome, sou considerado um dos melhores e reconhecido nacionalmente.

Como o repente pode ajudar as pessoas e contribuir para a cultura do País?

PARAÍBA DA VIOLA - Cordel representa muita coisa para mim, porque eu vivo disso. Penso que o homem que inventou não sabia ler. No repente se pergunta sem esperar e eu respondo na bucha, é uma arte. Isso é repente, não me troco por nenhum doutor formado, coitado. Embolada é poesia ainda mais rigorosa que a da viola.



















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